"Reocupando o Kennedy Center": Democratas organizam evento do Orgulho LGBTQ+ para protestar contra a tomada de poder por Trump

Cinco legisladores democratas farão um show de protesto no Kennedy Center, controlado pelo presidente Donald Trump , na segunda-feira, em um evento do Mês do Orgulho, somente para convidados.

Liderado por John Hickenlooper, democrata do Colorado, o evento pretende ser um protesto simbólico contra a tomada política do Kennedy Center por Trump. Juntam-se a Hickenlooper os senadores Tammy Baldwin, de Wisconsin, Jacky Rosen, de Nevada, Brian Schatz, do Havaí, e Elizabeth Warren, de Massachusetts.

“O que está acontecendo no mundo é profundamente preocupante, mas mesmo em nossos momentos mais sombrios, devemos continuar a buscar a luz”, disse Hickenlooper em um comunicado. “A comunidade LGBTQIA+ há muito tempo personifica essa resiliência, mantendo a alegria e a criatividade diante da adversidade.”

O concerto acontecerá no Fórum da Justiça do centro. O título é "Amor é Amor", uma homenagem ao discurso do criador de "Hamilton", Lin Manuel-Miranda, no Tony Award de 2016. Jeffrey Seller, produtor de "Hamilton", foi escolhido pelos senadores democratas para comandar o concerto.

Seller descreveu o show de 90 minutos como um ato de "teatro de guerrilha" com "personagens gays, cultura gay, música gay e orgulho gay" em uma entrevista ao The New York Times.

“Esta é a nossa maneira de reocupar o Kennedy Center”, disse Seller, afirmando que o show é “um protesto e um ato político”. O concerto está marcado para segunda-feira à noite.

Desde a sua reeleição, Trump agiu rapidamente para recriar o Kennedy Center à sua imagem, nomeando-se presidente em fevereiro e prometendo uma "Era de Ouro" para as artes e a cultura americanas. Trump demitiu o conselho de administração do centro, alegando "shows de drag queens voltados especificamente para a nossa juventude".

Em resposta, os artistas têm cancelado shows e evitado o local. Em março, a atriz e produtora Issa Rae cancelou uma apresentação no Kennedy Center, alegando que o "regime" de Trump trouxe "cultura política corrosiva" ao local.